Devido a várias reclamações por falta de abastecimento de água e problemas com rede de esgoto, a nossa reportagem entrevistou Geraldo Amaral diretor do Departamento de Água e Esgoto (DAE), segundo ele a situação hoje não é das melhores e que se continuar da maneira que está o DAE quebra. "Se o DAE fosse uma empresa privada já tinha fechado as portas há muito tempo, nós estamos tendo um déficit de R$ 130 mil por mês" revelou.
O diretor do DAE mencionou que nunca pensou que acharia o departamento tão sucateado e sem estrutura como encontrou. "Fui diretor do DAE entre 97 a 2000, na administração do ex-prefeito Laércio Ribeiro deixamos o DAE em cima todo organizado. Após anos está tudo as traças, casas de bombas com defeitos, carros parados, e diversos problemas administrativos. É de chorar a situação hoje da autarquia que era referencia em todo Estado", criticou.
Segundo Geraldo Amaral o déficit do DAE é causado devido à taxa de isenção de água que foi crida sem menor critério. Hoje a taxa mínima de água é R$ 13, 84. Segundo dados do próprio departamento de água e esgoto, cerca de 10 mil pessoas não pagam esse valor com isso o setor deixa de arrecadar R$ 138 mil reais por mês.
"Essa lei foi criada sem o menor critério e não beneficia a população que realmente precisa. Com isso quem está pagando a conta é toda a população, porque todos nós queremos um DAE eficiente com um sistema de água moderno que atenda a todos os bairros. Para isso precisamos mudar essa situação se a lei não for alterada o DAE quebra", alertou.
Ele ainda ressaltou que já estão tendo conversas entre autarquias, Executivo e a Secretaria de Trabalho Social. "Nossa intenção é utilizar o cadastro que a Secretária de Ação Social possui e beneficiar essas pessoas com a taxa de isenção só assim estaremos fazendo justiça. Porque hoje quem não paga água é quem tem condições financeiras boas e as pessoas que não tem, paga. É necessário fazer justiça social com a taxa de isenção, da maneira que está não pode continuar", destacou.
O diretor ainda elogiou a matéria publicada no jornal Tribuna Regional, onde a população mais carente reclamou da lei de isenção. "A matéria que vocês fizeram mostrou a realidade, enquanto uma dona de casa com cinco filhos e que a renda vem do programa Bolsa Família paga uma conta de água no valor de R$ 80, 00. O patrão com boas condições não paga, isso é injustiça", disse.
Geraldo informou que a comunidade precisa aderir à causa da mudança da lei para sim o DAE voltar a ser referência na prestação de serviço. "Hoje o DAE é uma mãe para a cidade, estamos operando no vermelho, posso garantir que se a Copasa vier para João Monlevade a população vai sentir fortemente no bolso, porque a tarifa dela é mais alta que a nossa", alertou
Apesar do alerta, Geraldo não acredita na possibilidade da Copasa vir para a cidade. "Acredito que o prefeito não vai deixar isso acontecer, aqui não é bicho de sete cabeças basta saber administrar o recurso. Desde que assumimos em janeiro estamos levantando o departamento com os próprios recursos. Na gestão passada a Prefeitura precisava socorrer a autarquia", disse ele.
Geraldo Amaral por fim ressaltou que espera que ainda esse mês a lei de isenção seja mandada para a Câmara Municipal para que esta seja feita de modo que beneficie quem realmente precisa.
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